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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

13 situações de violência contra a mulher e por que denunciá-las

Adriana Nakamura em 11/04/17


Neste ano, o lançamento da série da Netflix 13 Reasons Why (Os 13 Porquês), baseada no livro de mesmo nome, de Jay Asher, trouxe à tona o tema do bullying e da violência contra a mulher. Ainda na mesma época, chamou a atenção do Brasil a expulsão de Marcos Harter do BBB, devido às brigas com Emilly Araújo durante o confinamento na casa.

Atos de violência contra a mulher ocorrem todos os dias e podem acontecer também no seu ambiente de trabalho e na sala de aula, na faculdade ou na escola. E quando se pensa em violência é importante saber que a lei protege as mulheres não apenas daquelas agressões que deixam marcas explícitas na pele, mas também daquelas que ferem a autoestima, que intimidam suas ações, que ridicularizam e limitam seus direitos como cidadã.


Fonte: Página da Taís Araújo no Facebook

“Toda e qualquer violência física e psicológica contra a mulher deve, sim, ser repudiada. Quando se fala em agressão, não devemos pensar apenas em socos, tapas e chutes. A agressão também se faz com palavras, atitudes e manipulações que ferem a nossa dignidade. Estar presa em um relacionamento abusivo é também não ter real dimensão da gravidade da situação. É preciso que fique claro aqui que as atitudes de Marcos Harter são de truculência e violência, principalmente psicológica, contra Emilly Araújo. Sempre é importante destacar: a lei Maria da Penha enquadra a tortura psicológica como violência doméstica.Para além dessa nossa fala, o protagonismo do público em denunciar e amplificar o caso é comovente. Que nossa voz ecoe e ajude a não deixar uma de nós só. Porque se mexeu com uma, mexeu com todas, SIM.#MexeuComUmaMexeuComTodas” Taís Araújo, atriz.


Não precisa deixar hematomas na pele para ser violência contra a mulher

Como disse a atriz Taís Araújo, a violência contra a mulher não ocorre apenas contra seu corpo. A Lei Maria da Penha, de 2006, descreve a violência psicológica como uma das formas de violência contra a mulher:
“A violência psicológica [é] entendida como qualquer conduta que lhe cause [à mulher] dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.”
 A mesma Lei também descreve a violência moral contra a mulher:

“A violência moral [é] entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.”
 De acordo com o balanço de 2015 da Central de Atendimento à Mulher do Ligue 180, foram recebidas 76,6 mil ligações naquele ano. Dessas, mais de 30% corresponderam a relatos de violência psicológica. [Imaginem a quantidade de agressões que nem chegaram a ser denunciadas.]

13 situações de violência contra a mulher

Revista QB listou aqui 13 situações de violência que nem sempre são percebidas como agressões à mulher e aos seus direitos:
1. Preconceito contra mulheres em determinadas carreiras

Embora seja negada por boa parte dos empregadores e colegas de trabalho, mulheres que seguem carreiras que têm em sua maioria profissionais do sexo masculino ainda sofrem muito para serem aceitas e respeitadas. Apenas como exemplo, a Engenharia ainda é uma dessas carreiras nas quais as mulheres precisam, no mínimo, do dobro de esforço para se destacarem e serem reconhecidas e respeitadas como merecem.


2. Por que denunciar a violência contra a mulher?


Revista QB está falando tudo isso porque acreditamos no poder da informação. Conhecer os direitos, saber o que é crime e distinguir atitudes violentas e opressoras são os primeiros passos para acabar com a cultura da violência contra a mulher.
“É necessário que as mulheres tenham noção de seus direitos. É preciso, em primeiro lugar, informá-las que têm direitos; em segundo, quais são e que elas podem exigir esses direitos; e, em terceiro, aonde ir para exigi-los. É preciso ainda promover a educação em direitos não só para as mulheres, mas para toda a população. Precisamos mostrar que nós, mulheres, não queremos acesso à Justiça porque somos vítimas, mas porque somos sujeitos de direitos.”Silvia Pimentel, professora de Filosofia do Direito da PUC-SP, é integrante do Comitê Cedaw (Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres) das Nações Unidas.
Para a advogada da Quero Educação, Aline Faria, é preciso denunciar os casos de violência contra a mulher porque assim será possível cessar o abuso, evitar que outras mulheres passem pelas mesmas situações e diminuir a impunidade.
Denunciar é um dever de todos que presenciem um ato de violência contra a mulher. Especificamente no caso de empresas, saber de casos de assédio e não fazer nada é ser condescendente. 

Como denunciar a violência contra a mulher?

Ligue 180 é um serviço de ligação gratuita de enfrentamento à violência contra a mulher. Trata-se de uma rede de atendimento à mulher vítima de violência pode ser acessada rapidamente por qualquer telefone. Além do atendimento no Brasil, pelo número 180, é possível obter atendimento também na Espanha, em Portugal e na Itália.
Disque-denúncia de violência contra a mulherNo Brasil: ligue 180.
Na Espanha: ligue 900 990 055, disque 1 e informe o número 61-3799.0180.
Em Portugal: ligue 800 800 550, disque 1 e informe o número 61-3799.0180.
Na Itália: ligue 800 172 211, disque 1 e informe em Português o número 61-3799.0180.
Existem ainda as delegacias da mulher, em todo o Brasil, funcionando 24 horas por dia. Procure a mais próxima da sua região.
Ajude-nos a combater a violência contra a mulher. 

fonte: https://querobolsa.com.br/revista/violencia-contra-a-mulher?gclid=Cj0KCQiA7briBRD7ARIsABhX8aC6QnXUTEWX-5cQYSZqDTKkAp9zNkS3wYfeYBQOFUyRR1bnvsfnEwUaAgSzEALw_wcB




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